Honestamente?

Eu passei por muitas fases na minha vida e teve uma ou outra que eu achei meio que desnecessária.

Hoje eu consigo me enxergar melhor, consigo ver que certas coisas que acontecem ao meu redor só são capazes de me atingir se eu deixar.

É difícil falar disso porque se você estiver em outro momento da sua vida, não vai entender o que quero dizer. E sinto que isso se aplica a mim.
Já que somos diferentes e temos vidas distintas, o que se aplica a mim e funciona para mim, provavelmente não funciona para você.

De certa forma eu me conheço o suficiente para saber que eu sou mais do que ações e palavras bonitas ou palavras impensadas.

Por vezes ainda sou o meu passado e eu sou os meus planos para o futuro. Eu sou tudo o que acontece com a minha família e eu sou tudo o que acontece comigo.

Sou tudo o que acontece com quem é parecido comigo.
Tudo o que acontece com o meu povo, tudo o que acontece com o meu país, tudo o que acontece com os meus vizinhos, eu sou.

Sou a voz que é calada.
A voz que é julgada,
 a que julga e a voz de liberdade.
Essas vozes todas sou eu.

Se tudo isso me afeta,
Se tudo isso me muda,
Tudo isso sou eu!

Ao mesmo tempo eu sou simplesmente eu.
Sou alguém tentando viver e ser feliz.
Quando eu viro cada uma dessas coisas?
Quando eu viro tudo?
Quando eu me torno simplesmente eu?

Tenho que me conhecer para saber quando falar.
Saber quando me permitir sentir aquela dor e quando me permitir ser feliz apesar do mundo estar se desmantelando ao meu redor.

E honestamente? 
Do jeito que eu mudo e tudo ao meu redor evolui, essa busca por mim nunca tem fim.

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